
Hoje, aqui sentada enquanto distraidamente roo a ponta da caneta e olho para o papel pensando no que escrever, decido que o ideal é deixar-me levar ao sabor da corrente de palavras que vão surgindo lentamente numa mente quase em branco, deixar que a marca de tinta incerta decida o que fazer.
Hoje não sinto de todo. O vazio preenche-me sem que a alma me doa, simplesmente estou aqui, não estou bem, também não estou mal, respiro e tenho os olhos abertos, o coração bate e os segundos atropelam-se na sua dança metódica e bem ensaiada. Será que vivo agora?
Hoje não sou peça activa no jogo do mundo em que todos entramos, hoje sou observadora e permaneço no meu baloiço de madeira, vendo, analisando, perscrutando cada centímetro de espaço e cada gesto efectuado. Hoje assimilo informações, guardo mensagens, hoje aprendo e evoluo no silêncio e na inércia. Não estou feliz, mas também não quero estar. Estou sozinha, mas não quero companhia. Este buraco é tudo o que preciso, é tudo o que tenho e tudo o que me faz falta. Hoje, tudo o que desejo é ser indiferente, é passar ao lado, é saber que o mundo está demasiado embrenhado na sua vidinha monótona para sequer reparar na existência de mais uma máquina de sangue quente e raciocínio lento que hoje procura não ser parte dele.
Hoje, sou eu não sendo nada. Hoje, aprendo sem viver. Hoje não quero nada, mas sei que não vou por aí.
Hoje não sinto de todo. O vazio preenche-me sem que a alma me doa, simplesmente estou aqui, não estou bem, também não estou mal, respiro e tenho os olhos abertos, o coração bate e os segundos atropelam-se na sua dança metódica e bem ensaiada. Será que vivo agora?
Hoje não sou peça activa no jogo do mundo em que todos entramos, hoje sou observadora e permaneço no meu baloiço de madeira, vendo, analisando, perscrutando cada centímetro de espaço e cada gesto efectuado. Hoje assimilo informações, guardo mensagens, hoje aprendo e evoluo no silêncio e na inércia. Não estou feliz, mas também não quero estar. Estou sozinha, mas não quero companhia. Este buraco é tudo o que preciso, é tudo o que tenho e tudo o que me faz falta. Hoje, tudo o que desejo é ser indiferente, é passar ao lado, é saber que o mundo está demasiado embrenhado na sua vidinha monótona para sequer reparar na existência de mais uma máquina de sangue quente e raciocínio lento que hoje procura não ser parte dele.
Hoje, sou eu não sendo nada. Hoje, aprendo sem viver. Hoje não quero nada, mas sei que não vou por aí.
3 comentários:
Às vezes sabe bem estarmos fechados no nosso próprio Mundo..
Mas que merda... algo me diz!
hoje ninguem toque no meu mundo,queres tu dizer! porque o solitarismo às vezes sabe bem!!!
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