Estava habituada à minha máscara, de certa maneira as suas formas tinham-se fundido com as minhas e ela já era um misto de nós duas, como se já não houvesse máscara nem Rita, mas uma nova Rita, que tinha aprendido a viver com o mundo, que adoptara a sua personagem pela vida fora.
Agora a minha máscara caiu. Primeiro estalou, transpareceu o brilho nos olhos, o medo de ser real. Senti-me tremer, não ela mas eu, arrepiei-me de dentro para fora, o coração gemeu. Virei costas e fugi assustada com os meus próprios pensamentos. Segurei na máscara com as duas mãos, e senti que ela quebrava. Deixei um rasto de pedaços de mim, ou assim o julguei, enquanto corria para me esconder.
No meu esconderijo as paredes olhavam-me apreensivas. O próprio ar que consumia parecia diferente, explorava-me as entranhas e deixava o gosto doce do pecado, incitando-me a parar de lutar, a não ter medo, a viver. Deitei-me no chão de corpo esticado e alma estendida. Cada centímetro meu cedeu à mudança que me estava a dominar.
Quando me levantei mal pude acreditar. O meu novo eu era uma parte de mim há muito esquecida, que escondi quando ainda não tinha idade para entender o porquê de não a querer por perto. Lembro-me do tempo que demorei a decidir que não queria ser assim. Agora estou desconfortável. Não sei lidar comigo. Não quero responder aos pedidos do meu corpo, simplesmente não posso prestar-me aos meus pensamentos. Não, não, não. Fecho os olhos com força e agarro os cabelos com as mãos, quero sugar-me de dentro para fora.
Hoje estou confusa. Sinto-me mudar da noite para o dia, perco o controlo de mim para esta nova máscara que em tudo não encaixa, que me sufoca. Quero pedir ajuda e não consigo. Estou a ceder cada vez mais, cada vez me encontro menos.
Agora a minha máscara caiu. Primeiro estalou, transpareceu o brilho nos olhos, o medo de ser real. Senti-me tremer, não ela mas eu, arrepiei-me de dentro para fora, o coração gemeu. Virei costas e fugi assustada com os meus próprios pensamentos. Segurei na máscara com as duas mãos, e senti que ela quebrava. Deixei um rasto de pedaços de mim, ou assim o julguei, enquanto corria para me esconder.
No meu esconderijo as paredes olhavam-me apreensivas. O próprio ar que consumia parecia diferente, explorava-me as entranhas e deixava o gosto doce do pecado, incitando-me a parar de lutar, a não ter medo, a viver. Deitei-me no chão de corpo esticado e alma estendida. Cada centímetro meu cedeu à mudança que me estava a dominar.
Quando me levantei mal pude acreditar. O meu novo eu era uma parte de mim há muito esquecida, que escondi quando ainda não tinha idade para entender o porquê de não a querer por perto. Lembro-me do tempo que demorei a decidir que não queria ser assim. Agora estou desconfortável. Não sei lidar comigo. Não quero responder aos pedidos do meu corpo, simplesmente não posso prestar-me aos meus pensamentos. Não, não, não. Fecho os olhos com força e agarro os cabelos com as mãos, quero sugar-me de dentro para fora.
Hoje estou confusa. Sinto-me mudar da noite para o dia, perco o controlo de mim para esta nova máscara que em tudo não encaixa, que me sufoca. Quero pedir ajuda e não consigo. Estou a ceder cada vez mais, cada vez me encontro menos.
Warning: If you find Rita out there, please take care of care of her. Please help her. Please, STOP HER!
1 comentário:
tens jeito para isto :D
acho que devias continuar a fzr isto D:
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