O som grave e mortal estoirou na noite, e foi abafado quando certeiro atingiu o seu alvo. Na calçada caiu como que em câmara lenta uma gota translúcida de seu sangue espesso, e do seu peito aberto corria agora um rio vermelho, vivo e silencioso. Lenta e pesadamente o seu corpo sem forças caiu para trás, a sua expressão alegre desaparecia a cada segundo que passava.
Os passos dela ecoavam agora pela rua, breves, assustados e apressados, procurando desesperadamente poderem anular o destino traçado pelo tempo decorrido. Sem conseguir comprimi-lo na garganta por mais tempo, ouviu-se então o som estridente do seu grito sofrido, cortando o silêncio, rasgando o breu da noite fria como uma faca aguçada. Agora, lágrimas rolavam pelo seu belo rosto, corriam de seus olhos ferozes e rápidas, quentes, como se sua alma ardente de dor transbordasse. Desesperada e inconsolavelmente, a doce morena pedia agora aos deuses que as suas lágrimas pudessem ser antídoto milagroso para o mal consumado, mas bem dentro de si sabia que nada poderia ser feito para anular o vampiro sedento de sangue que na noite atacara impiedoso, cruel e mortífero.
Em silêncio, sofrendo o recente luto de seu amor eterno, a rapariga baixou-se, e agarrando o seu amante cadáver nos braços deu-lhe um forte beijo na boca, um último beijo de despedida, simbolizando o adeus que não tivera tempo de dizer.
E eu, escondida nas sombras da cidade maldita e suja, via a cena como mera observadora, sentia o que cada um sentia, e analisava a situação. A adrenalina e precisão do assassino, a surpresa e fraqueza da vítima, a dor e sofrimento de sua amada... tudo aquilo alimentava o meu espírito, dava-me forças e fazia-me vibrar. Por mais que tentasses que a consciência do assassino pesasse, por mais que quisesses remediar a situação, tu, ó Deus do Bem, eras impotente face a mim. O assassino sentiu a prazer e a força de ter a vida de outro nas mãos e poder acabar com ela, e a morena apaixonada sabia agora que por muito que isso lhe custe, o mal acaba por ganhar. Não tens como vencer esta luta.
Contente, sorri. Enquanto o mal reinasse na terra o reino das bestas estava assegurado. Pus as mãos nos bolsos e assobiando desci a avenida. Tinha mais trabalhos a acabar.
Os passos dela ecoavam agora pela rua, breves, assustados e apressados, procurando desesperadamente poderem anular o destino traçado pelo tempo decorrido. Sem conseguir comprimi-lo na garganta por mais tempo, ouviu-se então o som estridente do seu grito sofrido, cortando o silêncio, rasgando o breu da noite fria como uma faca aguçada. Agora, lágrimas rolavam pelo seu belo rosto, corriam de seus olhos ferozes e rápidas, quentes, como se sua alma ardente de dor transbordasse. Desesperada e inconsolavelmente, a doce morena pedia agora aos deuses que as suas lágrimas pudessem ser antídoto milagroso para o mal consumado, mas bem dentro de si sabia que nada poderia ser feito para anular o vampiro sedento de sangue que na noite atacara impiedoso, cruel e mortífero.
Em silêncio, sofrendo o recente luto de seu amor eterno, a rapariga baixou-se, e agarrando o seu amante cadáver nos braços deu-lhe um forte beijo na boca, um último beijo de despedida, simbolizando o adeus que não tivera tempo de dizer.
E eu, escondida nas sombras da cidade maldita e suja, via a cena como mera observadora, sentia o que cada um sentia, e analisava a situação. A adrenalina e precisão do assassino, a surpresa e fraqueza da vítima, a dor e sofrimento de sua amada... tudo aquilo alimentava o meu espírito, dava-me forças e fazia-me vibrar. Por mais que tentasses que a consciência do assassino pesasse, por mais que quisesses remediar a situação, tu, ó Deus do Bem, eras impotente face a mim. O assassino sentiu a prazer e a força de ter a vida de outro nas mãos e poder acabar com ela, e a morena apaixonada sabia agora que por muito que isso lhe custe, o mal acaba por ganhar. Não tens como vencer esta luta.
Contente, sorri. Enquanto o mal reinasse na terra o reino das bestas estava assegurado. Pus as mãos nos bolsos e assobiando desci a avenida. Tinha mais trabalhos a acabar.
1 comentário:
looool..hilariante, continua a fazer rir o pessoal todos os dias =D
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